Para a sua criança grande…

Túnel do tempo…

Feche os olhos um pouquinho e lembre-se de algo muito bom da sua infância.

Tô achando que tá de olho aberto… Fechou? É para fechar mesmo. Pronto? O que você viu?

Agora me conte lá nos comentários o que você viu, para saber se minha ideia vai fazer sentido. Será que viu Laptop? Pepa Pig? Monster High? Jogos do Xbox? Casa da Barbie? Celular? Tablet?

Ainda que tenha visto algo parecido, acredita que esse brinquedo foi o que fez toda diferença na sua vida?

Você viu almoços na casa da avó, brincadeira com os primos, jogo de queimada na rua, o doce da infância, um passeio com seu pai, o abraço da sua mãe, a noite de Natal? O que você acha que foi mais determinante para que você se tornasse a pessoa que é? Ok, ok. Você pode não ter tido essas situações na sua infância. Mas alguma coisa boa já te aconteceu, né?

Atualmente, por quanto tempo um celular, um sapato ou um carro novo te enche de alegria e satisfação? E ter relações saudáveis, momentos especiais, gostar do seu trabalho, ter prazer em sua vida? Viver relacionamentos saudáveis? Não acha que isto é mais relevante para o seu bem-estar emocional?

Adulto tem mania de achar que ser maduro significa esquecer a criança que foi e silenciar todos os desejos do pequeno ser que ainda existe dentro de nós. O que sobra? Achar que o que te fará realmente feliz é comprar uns brinquedos novos de “adultos”.

Bem parecido com as crianças, entramos no modo “compra, mãe?” “compra, pai?”. Só que você não exige isso mais de seus pais. (Bom, tem criança crescida que exige, mas isso é outra história).

Para a maioria dos adultos, é mais complicado: isso se torna autocobrança e a voz interior é: “você precisa comprar isso para ser feliz, para achar que a vida vale a pena, para acreditar que é uma pessoa de sucesso e que tem valor.”

Exatamente como nas crianças pequenas, essa satisfação não é duradoura. Logo deixa o seu brinquedo novo de lado e passa a querer outro, o que o amigo tem, o que viu na TV, no Facebook, achando que esse, sim, é o que vai te trazer uma grande felicidade.

E assim o ciclo se repete infinitamente e alimenta em você a falsa crença de que adquirir bens materiais é o grande objetivo da sua vida. E o vazio continua lá. Porque você pode estar tentando matar sua sede com um prato de arroz e feijão.

Para quebrar esse ciclo, lembre mais um pouco da sua infância: (Não perca a paciência comigo, últimas perguntas, tá? :)) O que fazia seus olhos brilharem? Em quais situações você se via mais feliz? O que foi realmente importante na sua infância? O que te dava prazer?

Então, aproveite esse dia das crianças para conversar com sua criança interior e fazer o desejo dela ser incluído na sua vida atual. Lembre-se que não é preciso grandes coisas. As coisas simples podem ter tido um efeito muito positivo na sua vida.

Saúde emocional também está relacionada à capacidade de você conseguir se proporcionar prazer, e nem sempre prazer significa possuir coisas.

BRINQUE! BRINQUE! BRINQUE! E permita que o dia da sua criança aconteça na sua vida de adulto todos os dias.

A psicoterapia pode te ajudar a desenvolver a capacidade de se proporcionar uma vida com mais sentido e prazer! Conte comigo para isso.

Apaixonada pela psicologia,  me dedico a cuidar do universo emocional das mulheres. Tenho contribuído para que elas tenham mais autoconhecimento, se sintam mais fortalecidas, melhorem a sua autoestima e o amor próprio.  Procuro ajudá-las  para que consigam  realizar mudanças saudáveis e transformar suas relações (com elas mesmas, com os outros e com as situações da vida), em algo que traga mais sentido e prazer à sua existência. Além da psicoterapia e do coaching, ofereço palestras e workshops.
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Este texto é de autoria da psicóloga Alessandra Calbucci. Ele pode ser compartilhado sem alterações, citando a fonte e a autora.