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Quer que eu te acompanhe?

Ahhhh… Tem gente que adora dizer:

“Faça como eu faço, siga o meu exemplo” ou…”Se eu fosse você, faria assim…”.

E quando dizem isso, muitas vezes têm o desejo genuíno de te ajudar. De oferecer uma saída, um caminho para que você saia do sofrimento.

Mas esquecem (ou nem percebem) que a estrada que você percorreu até aqui é outra, não igual à deles.

A sua estrada pode ser ter de terra, ter pedras, montanhas e praias.

As estradas das outras pessoas, que eu vou chamar de “Fulanos”, podem ter asfalto, pardais, buracos e árvores.

Aí, Fulanos dizem:
“Olha, para resolver o seu problema, é só você caminhar até aquela árvore enorme e encontrar o pardal porque eu fiz isso e resolvi o meu.”.

Aí, você pensa:
Vai ser ótimo eu conseguir chegar até a árvore enorme e resolver os meus problemas. Mas… Opa! Que árvore? Na minha estrada não vejo nenhuma árvore.

Você pode estar tão insegura e sofrendo tanto, sem saber para onde ir, que aceita qualquer conselho de Fulanos. Caminha por horas tentando achar a tal árvore ou o pardal. Cansada de buscar, sente-se arrasada e chega à seguinte conclusão: deve ter algo muito errado comigo, pois não consigo encontrar árvores e pardais. Só encontro pedras e praias.

Resultado: mais dor. Você não conseguiu aliviar o seu sofrimento e agora passou a se achar uma extraterrestre, já que as estradas de Fulanos têm coisas que a sua não tem. Então, acha que tem algo errado com a sua, naturalmente.

Quando você está mais segura, pode até tentar dizer aos outros: “Fulanos, minha estrada não tem nada disso, esse caminho não serve para mim.”. E Fulanos, já impacientes: “Poxa, você não quer melhorar? Vá até a árvore, tô te falando. Parece que gosta de ficar sofrendo!”

Resultado: mais uma pitada de dor. Você ainda não conseguiu aliviar o seu sofrimento e agora se fecha em si mesma, com medo de Fulanos acharem que você não está se esforçando o suficiente para encontrar o pardal. Lembra que na sua estrada não tem pardal?

Infelizmente e felizmente, o caminho é seu.

Infelizmente, porque não existe saída mágica, porque não dá para trilhar o caminho de Fulanos e ter um bom resultado. Ia ser mais fácil, mas não dá mesmo porque o caminho é diferente.

Felizmente, porque quando você está na sua estrada, mesmo com sofrimento, mesmo cansada, você pode encontrar várias coisas que gosta e que te ajudem a superar esse momento. Pode descobrir lugares onde se sinta bem e, ainda que pareça que você está no fim da linha, de repente, pode encontrar um novo caminho que te dê motivos para continuar.

E quando Fulanos disserem para você ou você mesma tiver o desejo de dizer para Fulanos “siga pela minha estrada”, lembre-se que o melhor que as pessoas têm para oferecer num momento difícil pode ser simplesmente:

“Eu entendo sua dor. Quer que eu te acompanhe até você encontrar um lugar melhor, na SUA estrada?”

E lembre-se: a psicoterapia é uma ótima ferramenta para que você consiga trilhar o seu caminho com mais tranquilidade e realização! Conte comigo para isso!

Entre em contato:
http://www.alessandracalbucci.com.br/contato/

© 2018 por Alessandra Calbucci. Todos os direitos reservados.
Este texto é de autoria da psicóloga Alessandra Calbucci. Ele pode ser compartilhado sem alterações, citando a fonte e a autora.

 

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