Amar, namorar, ter um(a) parceiro(a), estar com quem se ama pode ser uma delícia.
Porém, esse texto é para falar “lado b” do amor.
Eu recebo no consultório inúmeras mulheres que estão sofrendo com relacionamentos destrutivos e percebo o quanto estão se relacionando só com o coração e não estão conseguindo ter um equilíbrio entre o sentimento e a razão.
Muitas mulheres inseguras se submetem a relacionamentos ruins, abusivos, insatisfatórios pelo medo de ficarem sozinhas.
Nós fomos ensinadas e somos bombardeadas a todo momento de que um dos sinais de uma mulher bem sucedida, é o fato dela ter um(a) parceiro(a). Se tivermos um relacionamento, aí sim estaremos completa e desempenhando um dos principais papéis que nos designaram: ser mulher, parceira, namorada de alguém. Ser “de alguém”.
Se você nunca comeu jiló, certamente não conseguirá me responder se o gosto é bom. Você pode achar que é bom ou que é ruim, mas nunca ter comido faz com que você não consiga fazer uma avaliação realista.
“Alessandra, você não é psicóloga? Por que tá falando de jiló?” Calma, gata. Vem comigo que no caminho eu te explico!
Vai me dizer que você não conhece alguém que diz: “eu tenho direito de falar o que eu penso” e, muitas vezes, “vomita” palavras em cima de você, sendo indelicado, sem empatia, grosseiro e não considerando que o que está dizendo pode te ferir?
E quando se trata de nós, mulheres, pior ainda. Parece que quase ninguém hesita em dar sua opinião sobre como deve ser uma mulher, o que deve fazer, como deve se vestir, o que pode falar e como deve se comportar.
Simplesmente porque podem falar, porque têm o direito! E claro, todo mundo pode. Mas esse direito não deveria ser acompanhado do dever de escutar?